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18.11.11
9.11.11
Limpo Limbo
M.C. Escher |
quanto em
quadro branco tem
tudo e todo
canto aqui
visto vago e
livre além
da tela em
queda? perdi
o muro qu’ é
manto imundo
mura o mundo
pela crista
e a mesma
lupa que dista
a mente! o é
em plena culpa
astrolábios
salivantes
se alimentam
da distância
pois não são
senão o antes
que tanto
enche essa pança
3.11.11
Monte desMonte
monto o monte
e o cavalgo
montando
pedra a pedra
o horizonte
monto o monte
cadafalso
de ver dada
essa espera
sem ser ponte
pois bem do monte
mesmo enforcado
me esgueiro e estico
ao horizonte
se não o alcanço
Dave McKean |
algo me canso
e sinto o chão
bem rente à fronte
mas vejo abaixo
desfiladeiro
em filamentos
a mente inteira
mais bem à altura
possível ponte
nada trespassa
eu sou o monte
mal rente à rocha
eu sou um monte
e afundo em falso
profunda fonte
meu coração
bruto deflora
as flores mortas
o grão (des)monte_______________________________
1.11.11
O Parricida
Dave McKean |
sonhei que sonhava
um sonho d’ espada
inteiro revés
por sobre mim pousava
a imagem aos pés
meu pai que comia
a inteira aérea via
duma borboleta
laranjado-violeta
pra se me vomitar
inteiro em meus pés
eu-próprio revés
por matá-lo após
c’ um golpe d’ espada
o assassino atroz
do sonho que sonhava
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