1.12.11

Guillaume Apollinaire (i): "Je n'ai plus même pitié de moi"

Jackson Pollock


Nem mais tenho mesmo pena de mim
E nem posso exprimir meu tormento de silêncio
Todas as palavras que eu tinha a dizer tornaram-se estrelas
Um Ícaro tenta elevar-se por cada um dos meus olhos
E portador de sóis queimo no centro de duas nebulosas
O que eu fiz às bestas teologais da inteligência
Quando os mortos voltaram para me adorar
E eu esperava o fim do mundo
Mas o meu chega assoviando como um furacão


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Je n'ai plus même pitié de moi
Et ne puis exprimer mon tourment de silence
Tous les mots que j'avais à dire se sont changés en étoiles
Un Icare tente de s'élever jusqu'à chacun de mes yeux
Et porteur de soleils je brûle au centre de deux nébuleuses
Qu'ai−je fait aux bêtes théologales de l'intelligence
Jadis les morts sont revenus pour m'adorer
Et j'espérais la fin du monde
Mais la mienne arrive en sifflant comme un ouragan


Jackson Pollock
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Guillaume Apollinaire (nascido Wilhelm Albert Włodzimierz Apolinary de Wąż-KostrowickiRoma26 de agosto de 1880 — Paris9 de novembro de 1918) foi um escritor e crítico de arte francês, possivelmente o mais importante ativista cultural das vanguardas do início do século XX, conhecido particularmente por sua poesia sem pontuação e gráfica, e por ter escrito manifestos importantes para as vanguardas na França, tais como o do Cubismo, além de ser o criador da palavra SurrealismoWikipédia
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