17.3.12

Sempre Sendo

collaborative art of cara thayer & louie van patten  


Eu não sou nada.
Exceto o estar sendo,
que só por intento
de mero nada ser,
nem mais é nem o nada,
já que ser não ser
já é ser ser sem nunca.

Não que seja não,
nem que não seja ser,
mas o ser sendo sendo ser,
alguma essência sem ser,
só o que é por alguma coisa,
é pois não ser nada sendo.

15.3.12

de.fe(c)t(i)o

collaborative art of cara thayer & louie van patten 


o céu de porcelana nos entaça
sobre nós o escuro não,nada
aqui;boiamos no mar marasmo
mar contido mar nossa idolatrina
de vai-vém circular que o colo anima

e nestas águas antes claras     pingam
os continentes contidos nestas águas
feitas turvas por que estas ilhas des-
fazem-se tinta borra que o céu elimina
ilhotas náufragas  ,  atlândidas qu’ habito

defluem confluxas no influxo cristalino
que de metade do nada,céu ainda,chiam
a chuva hora ouro ora alpina  ,  guilhotina
líquida que inevitável desata a terra
rede moinho que a nós todos escoa

>>columnéticas