collaborative art of cara thayer & louie van patten |
Eu não sou
nada.
Exceto o
estar sendo,
que só por
intento
de mero nada
ser,
nem mais é
nem o nada,
já que ser
não ser
já é ser ser
sem nunca.
Não que seja
não,
nem que não
seja ser,
mas o ser
sendo sendo ser,
alguma
essência sem ser,
só o que é
por alguma coisa,
é pois não
ser nada sendo.
Sendo isto
aquilo outro,
sem ser
nunca algum,
algo tem de
haver ser,
certamente
como a mente
de certo
modo pode conceber,
mas o ser
que sabe a mente
— sabiamente
ou burramente,
disso eu
nada nunca sei —
é sempre ser
outro foi,
porque o que
é já não é mais,
qual que não
se sabia sendo.
Resumindo o
rumo:
ruminar as
minas do ser
não leva a
tesouros, mas sim
a explosões
do que fora.
Ser só se
basta quando é.
Se foi é ido, não é mais ser._______________________________
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