15.3.12

de.fe(c)t(i)o

collaborative art of cara thayer & louie van patten 


o céu de porcelana nos entaça
sobre nós o escuro não,nada
aqui;boiamos no mar marasmo
mar contido mar nossa idolatrina
de vai-vém circular que o colo anima

e nestas águas antes claras     pingam
os continentes contidos nestas águas
feitas turvas por que estas ilhas des-
fazem-se tinta borra que o céu elimina
ilhotas náufragas  ,  atlândidas qu’ habito

defluem confluxas no influxo cristalino
que de metade do nada,céu ainda,chiam
a chuva hora ouro ora alpina  ,  guilhotina
líquida que inevitável desata a terra
rede moinho que a nós todos escoa

abaixo seguimos       sem saber aonde
em direção ao céu     em meio ao mar
fluímos     mas     só agora vejo o negro
claro      que aos poucos desatina o giro
com um último continente      saído de

um buraco sobre nós junto à tempestade
e lá vamos nós descendo por outro,
potestade  ;  afogaremos ou desceremos
nova mente de cima caindo no mar contido
no céu de porcelana que nos entaça?

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