M.C. Escher |
quanto em
quadro branco tem
tudo e todo
canto aqui
visto vago e
livre além
da tela em
queda? perdi
o muro qu’ é
manto imundo
mura o mundo
pela crista
e a mesma
lupa que dista
a mente! o é
em plena culpa
astrolábios
salivantes
se alimentam
da distância
pois não são
senão o antes
que tanto
enche essa pança
sabem bem
beijar o zênite
afundado na
nadir
que nada do
branco prenhe
que só falta
se esvair
pois vai
amarelo sujo!
enreda nos
raios todas
tantas cores
que esconjuro
: a matéria
em quadra rota
de lá de
dentro até eu
tal qual
deus teço a mortalha
que da vida
é mesmo calha
de teto
torto e sem viga
fica ao muro
o quadro limpo
branco feito
onde sumo
sem tela que
tampe o cúmulo
de tudo em bendito limboM.C. Escher |
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