24.3.12

pitonisa

José Mertz

ave! leveva en volta seda por minhas ervas asas arrasadas e emulheradas vou à senda ambidestrela de dedos carregada e mãos por meu corpo algodoal só de incensosatos terremores frementes como a pítia pita pelos poros velhavidente virulenta lambe bem das mãos as gotas quedas da minha cabeça de xícara pra ser eu também o dia de ser a trilha que me ilha o olho na forja de fogo que lá embaixo há eu rogo e eu fogozo e eu louca e eu morta e eu portentrada de estandarte escorre fole nas minhas coxas macias alvas coxas an meinem schlüpfer der schlupfwinkel meiner schluss zu einem schlüssel e eu raio e eu vaio e eu caio e eu saio de mim sem ser suposto silêncio só sem cio ciciante e sibilando silentes sem as ser ah o horror rói roto as rotas das coxas enxertando venenos de sonho em minha pele por onde olhos são pele e olfato é fogo feito oferta e pá aos lodaçais de suor salinado que quente envolvo : vulva e úvula ululam meus poucos poros erigindo as florestas flores e fresta pra festa desta cesta que minha nesga rela alongando em multimúltiplos ais das serpentinas carnavalizando minha sorte envenenusando minha morte de amor mor que vai e mói meu sono indício de abandono e abono de ser só sempre amada e expurgada de mim nessa seda almofada bordada de dragões e furacões…
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