26.2.11

éolo



que sopro intenso que o divaga
à deriva em dupla vaga
ziguezagueando em busca
duma brusca guerra contra si
sem nem mesmo a permuta
do silêncio que o traz ao campo
na batalha em fala a se evadir
em sons de gládios e glabro estrondo
se nem mesmo ser alguma
coisa nenhuma que fora
buscando ser o que em suma
coisa pensou que fosse à Hora
que nem mesmo é nada agora?

no fim desperto rente ao cetro
do reino efêmero de seu mero ser
tem por fim ser o que fora fora
dali em grande imensidão e fuga
de saudades que cobra de si por mora
não sendo nunca nem quando era
quanto se sabia ser querendo a espera
de ser outro antes que não o próximo
………………………………………………………….
mas enfim nunca se é o que foi
e nunca se será o que promete
pois um outro sempre se nos toma
e por entre os nós enlaça a trama
que nenhum de nós nunca retoma

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