19.2.11

Netuno




Espiralando a aspiração aos céus,
sobe acima auscultando soprar
os ventos sibilinos seus,
‘funilando rente o mar,
girando infindo os pontos
cardeais num só,
tombos de escombro,
onde o pó
da areia
– creia –,
u’a veia,
pulsa a ver
em o turbilhão
o fundo sustento
de tal mar de três tempos
de novo unindo céu e chão
ondeando as ondas em o ar,
com mariscos para constelar,
que foram, vêm e irão a se encontrar.

4 comentários:

  1. sensação de escutar as ondas na arrebentação...

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  2. Caríssimo, descobri-o de Portugal e apercebi-me das valências que o caro poeta possui através do seu perfil, mas não me diga que é antropófago?

    Mas se o for no sentido metafórico e filosófico às belas damas que o Brasil nos presenteia, devo parabenizá-lo por tal façanha metafísica...

    Os meus parabéns pelo excelente verso a Ne(p)tuno

    Cumprimentos

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  3. Caro Flávio

    Sois um Poeta excelso e tendes umas valências inigualáveis. Sois um homem eclético, cuja alma por certo estará presente nos mais altos ritos dos Deuses do Olimpo.

    Também eu sou um Poeta da carne e por certo lerei o Amor Natural que me recomendastes. Também eu degusto as moças joviais que vou vendo pela rua, muitas delas exuberam-me a lascívia com uns glúteos redondos, esféricos e voluptuosos, sendo aliás muitas delas brasileiras.

    Felizmente que em Portugal desde há uns anos fomos agraciados por muita mulher brasileira, trabalhadoras, dedicadas, dinâmicas, e claro está, gostosas. Sendo que as portuguesas por muito cândidas que sejam também estão em fase de metamorfose libidinosa, ou pelo menos estão-no apenas para o companheiro, como prestáveis moças que são.

    Caro f.f., envio-vos um nobre abraço de Portugal e continuai com a magnânima grafia dos versos mais sublimes neste papiro cibernético

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  4. Mais uma tentativa
    vamos ver se agora vai.
    Curto muito o seu blog,
    até mesmo quando encontro
    os dramas apaixonados de um poeta.
    Grande beijo!
    Cecília Rosario

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