19.8.11

Temporal

Eric Zener


Ao velho mar, gotas
de chuva nova precipitam
sem alcançar o precipício.

Ao ver o ar, bolhas
do fundo à prova retificam:
da vida lá só há o indício.


Ao deparar, rota,
minh’ alma tonta, muda, cisma:
de chuva ou vida a bolha arisca?

Há o que esperar, tola,
do mar que são as gotas vindas;
sequer em queda pensam nisso…


Mas no fundo nunca importa
se as ondas alto se agitam,
porque o mundo nunca tocam.
É ele sempre o interdito.

_______________________________

2 comentários:

Fala o que queres. Tudo é da lei.

>>columnéticas