4.3.11

O Imorredouro

by dave mckean [mckean-art.co.uk]


do sabá das bruxas à meia-noite a brilhar
tirso entrepernas e o sacrovinho nas mãos
o deus louco dilacera sua carne a exspiar
a seta que acerta una o demo decacéfalo
p’ra as cabeças roçando em vassouras a unção
baixias e altas fauces a engolir o céu

dança o deus devorador de homens sobre o sangue
que o ventrecálice verte ao chão e irriga a fronte
a santa ceia farta que os gigantes consomem
pois quatrifeito o deus cordeiro renasce e plange
p’ra lamber das bestas o leite e das virgens o ventre
matrifeito sem nascer duönascido sempre
p’los mares que escorrem n’ ampulheta eternamente

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